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SONHOS APRISIONADOS 

A Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) em parceria com as políticas de ações públicas e educativas da Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese), do estado de Alagoas, atualmente atende 226 jovens que, em decorrência de práticas transgressivas: roubos, furtos, assassinatos, envolvimento com tráfico de drogas, associação criminosa e outras infrações, se puseram em conflito com a lei.

 

Em cumprimento de sansão - termo utilizado para substituir o entendimento comum de pena e prisão, estão internos 218 meninos e 8 meninas, em sua maioria, recém-saídos da infância, outros, no auge da adolescência e que passaram a conviver com as ausências de uma vida privada da liberdade, do conforto do lar, família e amigos.
Divididos por idade, caraterísticas físicas e grau de periculosidade, eles residem em alojamentos que comportam até 4 jovens e que, diante o perfil individual, são separados pelas várias unidades, dentro da unidade central (UIM), essa, com suporte para até 351 adolescentes e com 125 vagas disponíveis. 


Na nova rotina, existem horários e normas a serem rigorosamente respeitados, tanto na vida dos internos, como das famílias que também se adaptam as novas condutas. 


São permitidas as visitas, que são realizadas nos finais de semana durando aproximadamente 8 horas, como também, nas quartas-feiras, onde acontecem os encontros íntimos e as visitas assistidas, nesse último caso, o menor que tenha cometido alguma contravenção de comportamento, recebe o familiar com um tempo reduzido para 30 minutos e com presença do agente da UIM, que informa sobre os descumprimentos das regras por parte do menor e se mantem presente durante todo o horário permitido. A equipe da unidade acredita que o suporte familiar é um dos fatores primordiais na restruturação do reeducando. “A gente percebe que quando a família é engajada e quando a família realmente nos ajuda, a gente consegue salvar esse adolescente”, enfatizou a gestora de Medidas Socioeducativas da Seprev, Denise Paranhos. 


E respeitando as determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), todos recebem o acompanhamento de uma vasta equipe pedagógica e de saúde que atuam em conjunto no desenvolvimento físico, mental, moral e social. A partir do momento que passam a conviver nesse espaço, recebem aulas de ensino regular, praticam atividades físicas, dispõem de atendimento clínico e odontológico e atuam atividades de convívio coletivo. Sendo essas as ações voltadas na condução desses menores para reinserção à sociedade.

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